7º Festival Esporte na Rua resgata sorrisos e oportunidade de brincar

Educandos do Instituto Família Barrichello participaram de atividade em comemoração ao Dia Mundial do Brincar

Democratizar a atividade física e o lazer em comemoração ao Dia Mundial do Brincar, celebrado em 28 de maio. Foi com esse objetivo que o Instituto Família Barrichello participou no último fim de semana do 7º Festival Esporte na Rua, evento realizado pela Rems (Rede Esporte pela Mudança Social) em parceira com Nike, Laureus e Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento. A atividade foi gratuita e aberta ao público, e aconteceu em oito estados do Brasil, com brincadeiras para crianças e jovens, mas também com ações direcionadas para o público adulto e de pessoas idosos. No total, mais de 500 voluntários, entre educadores, líderes comunitários, assistentes sociais, atletas e educandos, promoveram a iniciativa que atingiu mais de 4 mil pessoas.

“Depois de uma pandemia, precisamos resgatar a brincadeira, a leveza e a diversão. Por meio das atividades físicas e do esporte, podemos contribuir para o desenvolvimento integral do ser humano, cuidando do corpo e da mente das pessoas”, falou William Boudakian, diretor executivo do Instituto Família Barrichello e da Rems, que atualmente reúne 72 organizações que utilizam o esporte como fator de desenvolvimento humano.

Em São Paulo, as atividades oferecidas ao público foram diversas, entre elas brincadeiras, esgrima, futebol de três tempos, jogos de rua, skate e tchoukball. Diferente de edições anteriores, quando a iniciativa ocorreu na avenida Paulista, o evento deste ano aconteceu na periferia. “A ideia foi bastante positiva, levamos a ação para a comunidade, atingimos um público diferente e mais crianças tiveram a oportunidade de acessar um festival com diferentes tipos de brincadeiras possíveis na rua. Foi uma vivência para crianças que mais precisavam”, destacou a educadora Priscila Regina, que classificou o festival como uma quebra de paradigma.

“São Paulo tem ruas de lazer e as crianças do Projeto ECA – Esporte e Cidadania em Ação encontraram um espaço de desenvolvimento humano. O brincar na infância é necessário e, mais do que isso, é um direito. Nós, como educadores, somos responsáveis por essas experiências positivas, por criar memórias e resgatar o prazer pela prática esportiva a partir do brincar. Estamos em um mundo violento, enfrentando uma herança da pandemia que trouxe comportamentos introspectivos, violência nas escolas, isso sem falar da concorrência com a internet e a depressão que o momento gerou. O brincar tem extrema importância no sentido de resgatar sorrisos. Hoje, vemos educandos que vivem sob pressão o tempo todo e pudemos proporcionar atividades que levassem elas a perceberem o quanto são capazes. Foi um ambiente fora da tensão, pensado para resgatar o carinho e o sentimento de pertencimento”, falou Priscila.

De acordo com a educadora, o 7º Festival Esporte na Rua foi um espaço livre para as crianças do Projeto ECA participarem das brincadeiras, realizadas em várias estações esportivas. “O foco foi a vivência das oportunidades, livre de obrigações. O festival tem essa cara e dessa vez aconteceu em um espaço mais livre, com mais autonomia para elas (crianças) compartilharem o aprendizado. Além disso, elas tiveram a chance de conhecer como outras comunidades brincam. Foi uma experiência de troca incrível, algo que nos deixa muito contentes. A transformação e a ressignificação das vivências, com caráter lúdico, são fatores que o Instituto Família Barrichello levou para os educandos”, completou.