“O ano de 2022 foi muito positivo, mas já estamos trabalhando a plenos pulmões para o próximo ciclo”

Paula Asbahr, gerente de projetos do Viver Melhor em Mogi Mirim, avalia trabalho realizado na cidade e o projeto em 2023

O Viver Melhor encerrou as atividades de 2022 nos quatro núcleos instalados em Mogi Mirim, no interior paulista: Acojamba (Associação Comunitária Jardim Maria Beatriz), Clube São José, Ginásio Maria Paula e Ginásio do Tucurão. Nas últimas aulas, os alunos exercitaram mais uma vez a própria autonomia. Além do desenvolvimento de aspectos físicos e motores, socioafetivos, cognitivos e de saúde, os encontros celebraram as festas de fim de ano.

O recesso, porém, será curto. No dia 03/01, serão retomadas as atividades do Viver Melhor em Mogi Mirim. O terceiro ciclo na cidade começou em setembro deste ano e termina em agosto de 2023. “Nós atendemos 230 pessoas na parte final do segundo ciclo e já estamos com 170 alunos neste terceiro ano de trabalho. Estamos em pleno processo de divulgação das vagas”, contou a gerente de projetos Paula Asbahr. Em entrevista, Paula fez um balanço do ano 2022, falou sobre o resgate das aulas presenciais e projetou o que espera de 2023 para o Viver Melhor. Confira:

As atividades do ano foram encerradas em Mogi Mirim. Como foi o último contato com os alunos antes da pausa para o Natal e Ano Novo?

Foi bastante especial. Cada núcleo teve liberdade para decidir o que queria fazer: alguns decidiram por uma festa de encerramento, onde cada aluno levou uma comida ou uma bebida; outros núcleos incluíram também um amigo secreto. Já no Clube São José, houve uma surpresa muito gostosa: um dos alunos, que trabalha como Papai Noel nessa época do ano, combinou com os professores e surpreendeu os demais alunos, foi muito legal. Então, eles tiveram essa liberdade. Além disso, todos participaram de uma cantata de Natal promovida pela política de proteção à pessoa idosa de Mogi Mirim. Foi um convite a pensar na paz através da música.

E qual foi o saldo de 2022 para as equipes que gerenciam o projeto?

Nós conseguimos manter a mesma equipe, com apenas uma troca entre os professores, e isso ocorreu em decorrência da gravidez de uma educadora. Toda a equipe de gestão se manteve durante o ciclo e considero que isso é muito saudável para o projeto, pois são pessoas que atuam em sinergia e sabem como todo o processo acontece. Essa questão das vagas que existem, todo mundo está bastante engajado.

O ano de 2022 também marcou a volta das aulas presenciais pós-pandemia. O que representou a retomada para o Viver Melhor?

De modo geral, foi um ano muito positivo para o projeto. A retomada, em um primeiro momento, foi muito cuidadosa. Nós tomamos uma série de precauções, reforçamos os protocolos de segurança. As aulas presenciais foram motivo de muita alegria, mas também com um pouco de angústia no sentido de garantir a segurança de todos. Quando iniciamos o nosso terceiro ciclo, em setembro, essa questão já estava um pouco mais amena e assim pudemos vivenciar o todo do projeto.

Pensando em 2023, qual é a projeção traçada para o Viver Melhor em Mogi Mirim?

O terceiro ano do projeto, no atual ciclo, vai até agosto de 2023. Estamos trabalhando a plenos pulmões na captação de recursos para o quarto ano, e muitas empresas interessadas estão aparecendo. Felizmente, estamos conseguindo captar mais do que nos anos anteriores e isso é uma surpresa muito boa para o projeto e para o Instituto Família Barrichello. É uma satisfação ver que as coisas estão acontecendo.

Além das aulas, quais ações já estão programadas para o próximo ano?

Neste ciclo de projeto, nós mantivemos as formações mensais que são dadas para a equipe, também abertas para entidades e secretarias parceiras. Desenvolvemos cinco formações em 2022 e, em 2023, vamos contar com a colaboração de pessoas ligadas ao Instituto, como a  Dayane Alves, assistente social e especialista em envelhecimento, e o William Boudakian, diretor executivo do Instituto Família Barrichello. A ideia é mostrar mais sobre a política de assistência social e como isso se relaciona com o que desenvolvemos no projeto, além da ligação a cidade e a perspectiva do idoso no Brasil. Em 2022, fizemos um aulão em comemoração ao Dia Internacional da Pessoa Idosa e, em 2023, vamos ter mais um aulão, agora para celebrar o Dia Internacional da Família, que está no cerne do Instituto.