Adolescentes de 15 a 17 anos aprendem fundamentos da modalidade e, em paralelo, valores como respeito e senso coletivo
O mês de março foi de aprendizado no basquete para os educandos do Projeto ECA (Esporte e Cidadania em Ação) que frequentam o Ginásio Poliesportivo Roberto Filetti, no bairro Vila Sônia, em Piracicaba. A iniciativa, realizada pelo Instituto Família Barrichello, promove o desenvolvimento humano para crianças e adolescentes de 6 a 17 anos, utilizando o esporte como ferramenta de transformação social. No contato com a modalidade da bola ao cesto, adolescentes na faixa etária dos 15 aos 17 anos aprenderam regras específicas, fundamentos e habilidades técnicas do basquete – em paralelo, conceitos como trabalho em equipe e respeito foram aplicados. As atividades foram conduzidas pelos educadores Marinara Ocanha e Gustavo Henrique.
“Nós trabalhamos com o basquete ano passado, utilizando jogos e brincadeiras. Agora, eles quiseram entender o esporte de fato. Nas rodas de conversa, perguntamos bastante sobre as dificuldades, as facilidades e o que eles gostariam de aprender. O retorno foi o interesse pelo funcionamento do jogo. No início, eles apresentaram alguma dificuldade, mas logo tomaram gosto e melhoraram”, contou Marinara, destacando a importância do diálogo com os educandos. “Em março, nós celebramos o Dia Mundial da Infância. Aproveitamos as aulas para falar sobre direitos básicos e valores, além de realizar atividades relacionadas à infância”, concluiu.
O feedback recebido dos educandos é bastante positivo em relação à dinâmica das aulas. O estudante Jefferson Camargo de Paula, de 16 anos, participa do projeto desde o início do ano passado e disse que, além das habilidades específicas, evoluiu no pensamento rápido e trabalho coletivo. “Sempre gostei de esportes e aqui é um lugar em que eu consegui treinar física e mentalmente, tive o trabalho de cognição. Meu projeto de vida é ser professor de educação física e o conhecimento que eu adquiro aqui ajuda bastante. Eu era bem individualista antes e aprender a trabalhar em equipe. Os professores têm muito cuidado e as rodas de conversa são o momento em que somos ouvidos, é uma ideia muito boa”, afirmou.
Amigo de Jefferson, o também estudante Nicolas Andrew da Silva, de 16 anos, participa das aulas do ECA desde julho de 2022. A ideia inicial era apenas se exercitar no tempo livre, mas os benefícios superaram as expectativas. “Gosto de fazer tudo o que aprendo aqui, desde o trabalho em equipe, as estratégias, o jogo de corpo… É muito bom! No basquete, por exemplo, eu não conhecia conceitos de dribles que nesse mês estou aprendendo. É algo que achei muito interessante, eu queria muito aprender isso. Ao mesmo tempo, nós aprendemos que não dá para ter um bom progresso sem pensar em equipe. O projeto me ensinou que dá sempre para ir mais longe sendo coletivo. Isso vale para tudo, inclusive para os trabalhos da escola”, opinou.
O Projeto ECA conta com o apoio da Prefeitura de Piracicaba, por meio da Secretaria de Esportes, Lazer e Atividades Motoras (Selam) e da Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social (Smads). De acordo com a coordenadora Katia Modesto, o atual ciclo termina no próximo dia 31 de maio e o Instituto Família Barrichello já está captando recursos para iniciar o próximo. A entidade atua há 17 anos com diferentes programas em organizações sociais, movimentos e espaços públicos localizados em bairros com registros de alta vulnerabilidade social e econômica.
Para mais informações sobre o Projeto ECA, que é financiado via Lei de Incentivo ao Esporte e patrocinado pela Caterpillar, podem ser obtidas por e-mail: katia@institutobarrichello.org.br ou william@institutobarrichello.org.br.
