Projeto Viver Melhor transforma vida de aluno em Mogi Mirim

Atividades do projeto ajudaram o aposentado Geraldo Guarnieri a se recuperar após cirurgia para retirada de tumor na bexiga 

Ajudar as pessoas idosas a melhorarem o condicionamento físico e terem uma vida saudável através de atividades físicas regulares. É com esse propósito que o Viver Melhor atua em Mogi Mirim, no interior paulista, em quatro núcleos: Acojamba (Associação Comunitária Jardim Maria Beatriz), Clube São José, Ginásio Maria Paula (Vila Dias) e Ginásio do Tucurão. Utilizando o Método Águia, o projeto realizado pelo Instituto Família Barrichello divide as aulas, que acontecem duas vezes por semana para cada turma, em quatro momentos: trabalho neuromotor, força muscular, cardiovascular e flexibilidade.

A metodologia implementada pela supervisora técnica Cristiane Peixoto, que desenvolve o tema desde 1999, busca contemplar todas as necessidades do corpo ao longo do processo de envelhecimento. O resultado de tanto tempo de estudo é uma evidente evolução na força, equilíbrio, flexibilidade e agilidade, o que possibilita a manutenção da independência física das pessoas idosas. Na prática, são inúmeros os alunos que relatam melhora na qualidade de vida, como é o caso de Geraldo Guarnieri.

Aposentado por invalidez, seu Geraldo está com 63 anos e começou a participar das aulas pouco antes da pandemia da Covid-19. “Foi muito especial para mim, pois eu estava sedentário. Depois, tivemos a parada por causa do coronavírus e não via a hora de retornar”, contou o aluno do Viver Melhor, que passou por um drama pessoal há três meses, quando foi diagnosticado com um tumor na bexiga. Geraldo relembrou a fase difícil que enfrentou. “Sofri muito, tive uma tensão nervosa. A operação foi em setembro e o resultado foi muito bom: eu não tinha mais câncer”, relatou.

Geraldo, no entanto, foi surpreendido pelo médico após a cirurgia. “Ele perguntou se eu fazia exercícios e respondi que sim, mas queria saber o motivo da pergunta. Foi então que o médico me disse que a bexiga estava no local correto, firme e bem posicionada, o que tinha sido fundamental para a cirurgia. Nessa hora, lembrei de um exercício que fazemos aqui no Viver Melhor: a contração pélvica. Foi isso que me ajudou e muito. Agradeço a minha saúde ao Instituto Família Barrichello. Sou uma pessoa muito feliz por participar desse grupo e dessas aulas”, afirmou emocionado.

O aposentado mora próximo ao Acojamba, núcleo que frequenta, e descobriu o projeto em um dia que caminhava próximo ao local. Curioso, decidiu participar e não parou mais. Seu Geraldo conta que as atividades servem de estímulo para o corpo. “As quatro fases da aula são fundamentais e necessárias, pois melhoram a memória, a força física, o ‘cárdio’ e também o alongamento. Mas a quinta fase é ainda mais importante: quando vamos embora e sentimos doer tudo (risos). É aí que a gente sente o valor dos exercícios, mexemos o corpo e os músculos. Sentimos que estamos vivos. E, claro, tem o contato social, que ganhou ainda mais peso depois da pandemia. Eu me encontrei aqui”, finalizou.