Programa Mudança Sistêmica Fome Zero e Segurança Alimentar:
um novo olhar para um mundo sustentável

  Para ampliar a rede de atuação e sensibilização social, o Instituto Família Barrichello também mantém o Programa Mudança Sistêmica Fome Zero e Segurança Alimentar voltado para aproximar as ações de programas corporativos de sustentabilidade e diversidade e a urgência de investimentos no aprimoramento social, técnico e tecnológico de comunidades tradicionais, indígenas e quilombolas. Atuamos identificando, aprimorando, inspirando e disseminando, por meio de parcerias, convênios e políticas públicas, boas práticas comunitárias para o combate das vulnerabilidades sociais que atingem milhares de comunidades e famílias brasileiras.

   A partir das recomendações do relatório “Embracing Complexty” ou “Abraçando a Complexidade” realizado pela Catalyst 2030 em parceria com Co-Impac, Echoing Green, Schwab Foundation for Social Entrepreneurship e Skoll Foundation, entendemos que podemos inspirar novas atitudes que promovam mudanças sustentáveis nos sistemas sociais, para que haja um novo caminho para o uso de recursos financeiros, que não vise apenas soluções emergenciais de curto prazo, mas que apoiem e participem de transformações realmente sustentáveis e apoiem iniciativas e boas práticas que possam ser modelos compartilháveis com toda a sociedade.

   É chegado o momento de enfrentar os desafios globais apoiado em uma comunidade de financiadores que também deseja evoluir seus modelos atuais, incentivando investimentos em abordagens que transformem os sistemas de filantropia existentes.

   O Instituto Família Barrichello despertou para um novo momento de mudança sistêmica e, desta forma, quer convocar os diversos investidores sociais para iniciativas que visibilize as existências humanas que compõem as comunidades tradicionais. São lugares que já são inspiradores, mas necessitam se tornar seguros e autossustentáveis.

Sustentabilidade e Diversidade

  1. Programa de Sensibilização e Letramento de sistemas

Sensibilizar instituições, suas áreas de Diversidade, Sustentabilidade e stakeholders sobre o engajamento nos desafios de acabar com a fome, alcançar a segurança alimentar, melhorar a nutrição e promover a agricultura sustentável, contribuindo para que até 2030, possamos garantir o acesso de todas as pessoas, em particular pessoas em situação de vulnerabilidade, especialmente crianças e adolescentes, aos alimentos seguros, nutritivos e suficientes durante todo o ano.

   O programa Sensibilização e Letramento voltado para empresas faz abordagens, oficinas, workshops e encontros sobre a importância de se potencializar comunidades tradicionais, promovendo ações de capacitação, preservação e estruturação das linhas de produção que vão da agricultura sustentável à economia criativa, como forma de enfrentar diversas vulnerabilidades: educacional, saúde, alimentar, econômica, cultural etc.

   Os encontros e reuniões também são realizados com a participação dos agentes das comunidades, que ampliam e conscientizam sobre suas realidades locais, sempre distantes da realidade de empresas e instituições. Acreditamos que aproximar estes dois polos de interesse comuns numa sociedade mais ética, justa e sustentável poderá criar a via de acesso para alcançarmos o objetivo, que é o de superar os desafios globais, entre ele a erradicação da fome e o alcance da segurança alimentar, ao menos no Brasil.

   Acreditamos que as organizações que adotam práticas de diversidade e sustentabilidade têm maior probabilidade de contribuir para o alcance dos ODS e pensar em um futuro sustentável, pois devem estar alinhadas com os princípios de sustentabilidade que os ODS promovem.

Fome zero: o investimento social precisa privilegiar uma mudança na filantropia no Brasil *

   Após quase vinte anos, mantendo o foco na Saúde e Bem-Estar, o Instituto teve a possibilidade de direcionar suas ações para a ODS 2 (Objetivos de Desenvolvimento Sustentável) – Fome Zero e Agricultura Sustentável, atendendo um desafio global de acabar com a fome, acelerar a segurança alimentar e promover a agricultura sustentável, respeitando o meio ambiente.
     
   Com esta mudança sistêmica, mantendo seu foco, o Instituto elegeu uma nova Presidência do Conselho, a qual reestruturou uma diretoria, adotando alguns princípios e práticas fundamentais para atingir seus objetivos:
  • Governança e Compliance:  Um Conselho de Administração, independente e participativo para supervisionar as atividades do projeto. Políticas de Ética e Compliance, implementando politicas claras para prevenir e tratar conflitos de interesse e outras práticas anti-éticas.
  • Gestão Financeira: Orçamento Transparente detalhado e disponível para consulta. Prestação de Contas, realizando auditorias regulares e publicando relatórios financeiros para os stakeholders.
  • Transparência e Comunicação através de Relatórios Regulares, publicando periódicos sobre o andamento do projeto, desafios e conquistas e mantendo no site um Portal de Transparência todas as informações relevantes para que possam ser acessadas pelo público
  • Planejamento e Estruturação, Monitoramento e Avaliação e Participação da Comunidade, são princípios e práticas adotadas e acompanhadas pelo Instituto.
   
   Essas práticas não só promovem maior confiança entre os stakeholders, mas também garantem um uso mais eficiente e eficaz dos recursos, resultando em impactos sociais mais significativos.
 
   Nesse sentido mais amplo de gestão o Instituto, se aproxima da forma de pensar a filantropia no Brasil, podendo beneficiar milhares de pessoas que vivem em vulnerabilidade social e em insegurança alimentar, principalmente em comunidades tradicionais, indígenas e quilombolas.
 
* por: Luiz Henrique Marcon Neves – Diretor Adm-Financeiro do IFB